Educação: A Principal Conquista de um Povo - Yan Klovinsk

Educação: A Principal Conquista de um Povo

Educação: A Principal Conquista de um Povo

Muita coisa mudou desde a década de sessenta. O homem foi à lua, mas isso não reverteu em qualidade no ensino público tanto brasileiro como norte-americano. Estudei boa parte da minha vida durante o regime militar sem nenhuma complicação. Eu era filho de militar e de 

professora, duas profissões altamente respeitadas e valorizadas quando fiz o 1º e 2º graus.

Apesar da ditadura militar (1964 – 1985) ser conhecida como um período negro da história brasileira, sobre vários aspectos, ressalto que antes deles assumirem o poder o Brasil era a 45ª economia mundial, quando eles deixaram o poder o Brasil era a 8ª economia. Outro dado interessante é que não havia tanto Bandido, violência, corrupção e impunidade. Havia mais disciplina e respeito entre as pessoas. Cito isso porque tal contexto favorecia o processo educacional e de aprendizagem.

Naquela época a escola completava a educação das crianças, mas tudo começa em casa. Hoje é diferente, a maioria dos pais acredita que é função exclusiva da escola educar seus filhos e, se esquecem de que educação vem de berço. Baixávamos a cabeça em sinal de respeito aos professores, hoje se um professor olhar atravessado para um aluno está sujeito a ter o carro aranhado ou ser espancado.

No primário cantávamos o hino nacional ou a Bandeira antes de iniciar as atividades escolares enquanto hasteávamos a bandeira, era um show de patriotismo. Atividade que ficou esquecida. Entretanto, prestes a sediar dois eventos de grande magnitude como a Copa do Mundo de futebol 2014 e as Olimpíadas de 2016 o governo começa a se preocupar com a questão do civilismo, mostrar ao mundo que sabemos cantar o hino nacional. Aqui em terra tupiniquim as crianças são educadas para serem jogadores de futebol e não estudantes, desenvolver o físico, mas não o intelecto. Vejam que a maioria esmagadora deles não sabe cantar o hino nacional, só há movimento labial.

Esse prelúdio parece ter fugido da proposta inicial do artigo. Entretanto, havia necessidade de contextualizar minha formação acadêmica, pois educação é um conceito amplo. Por causa do que citei anteriormente sempre fui e me senti estimulado a estudar. Quando cheguei à faculdade fiz dois anos de Administração de Empresas e um ano de Filosofia, infelizmente interrompi os cursos por motivos alheios a minha vontade. Mais tarde voltei para o banco da faculdade e graduei-me em Psicologia. Todavia quando mais aprendemos mais tomamos consciência de que sabemos pouco. Por isso, voltei à faculdade há dois anos e meio para o Curso Direito. Foi quando decide fazer, também, a pós-graduação em Gestão Pública.

E o que se pode falar sobre a trajetória de aprendizado formal no Brasil. A Educação brasileira evolui e muito, isso é fato. Há mais recursos didáticos hoje do que havia a trinta ou quarenta anos atrás. Em alguns casos o ato de ensinar se tornou mais personalizado em função dos diferentes níveis de aprendizado dos alunos. Há mais informações disponíveis, livros, revistas, vídeos, TV e a internet que acelerou o modo como aprendemos. O professor dispõe de mais recursos para ministrar suas aulas, pode usar o quadro negro, mostrar um vídeo para posterior debate, apresentar o conteúdo no data show, etc. Esse arsenal possibilita que haja aprendizado entre diferentes cabeças, cada aluno tem seu tempo para absorver as informações e gerar aprendizado.

Todavia, uma crítica que faço ao sistema educacional é a de manter e reproduzir ainda o conhecimento nos moldes da educação tradicional. Os colegas podem observar que a disciplina de Português, por exemplo, é para mais de 90% dos alunos uma disciplina difícil. Por quê? Há necessidade curricular de se ensinar os rudimentos da língua mãe, gramática e ortografia, no entanto, isso não desenvolve a criatividade e o senso crítico, não os ensina a pensar. Pede-se aos alunos para que componham uma redação sobre determinado tema e, eles se apavoram. Escritores de nome e renome são unanimes em afirmar que a gramática e ortografia impedem a livre expressão dos alunos. Entretanto, o que é incentivado nas escolas é escrever o português culto, relegando para o segundo plano a expressão – aquilo que se queria dizer. Primeiro se escreve, só depois corrigimos os erros gramaticais, ortográficos, etc.

Ressaltamos que a qualidade da Educação brasileira tem melhorado nos últimos anos e ainda promete melhorar. Nós sabemos mais sobre os EUA do que eles sobre o Brasil. Mais de 95% da população norte americana pensa que a capital do Brasil é o Rio de Janeiro, eles estão atrasados apenas em 52 anos. E, se perguntarem quantos Estados tem o Brasil, não sabem responder (plena noção geográfica). Eles possuem 51 Estados, mas duvido que a maioria da população deles saiba disso. Vejam a relatividade entre o país mais rico e a sexta economia do mundo – Brasil. O importante é que estamos caminhando na direção certa.

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