Os Clássicos da Literatura têm algo a nos Ensinar - Yan Klovinsk

Os Clássicos da Literatura têm algo a nos Ensinar

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Para milhões de pessoas falar em literatura é o mesmo que falar sobre algo inútil, sem importância, não serve para nada. Entretanto, para milhões de gênios espalhados pelo planeta falar em futebol ou mesmo carnaval é tudo de bom, pois são assuntos perfeitamente úteis as 

nossas vidas. São temas instrutivos que nos alavancam rumo ao progresso e nos qualificam como os seres mais inteligentes da galáxia.

O que é mesmo que aprendemos com isso? Espera aí! Estas duas atividades são de entretenimento e não de aprendizado. É verdade? Só vale para a torcida, não vale para aqueles que arrecadam o dinheiro da torcida.

Se o gosto destes fossem direcionado para a literatura desde tenra idade, teríamos praticamente eliminado do País os quase 30% de analfabetos funcionais, além do número crescente daqueles que não gostam de ler porque não foram devidamente incentivados na infância e porque com o advento da internet ficou mais fácil “ler imagens”.

“Gosto é gosto!” diz o ditado popular. Então, vê no que isso deu!

É preciso, além das campanhas de incentivo à leitura, reformular a metodologia do ensino da literatura nas escolas para desenvolver nas crianças, não a “decoreba” e a prisão as regras, mas a contemplação (absorver), a reflexão e o gosto pela leitura.

Apenas isso já bastaria para qualificar boa parte da população brasileira para aprender mais e melhor. Entretanto, a literatura vai além do simples aprendizado.

O que parece ser uma atividade meramente de entretenimento, quando abrimos um livro e pousamos calmamente os olhos sobre as páginas é na verdade uma modo de apreensão de uma dada história. Viajamos no tempo passado, futuro e presente de uma determinada sociedade ou de um grupo social local-regional. Apreendemos como se comportavam, quais eram os valores vigentes, os costumes, etc.

Em se tratando dos clássicos da literatura é entrar na história, é “vivenciar” emocional e intelectualmente, todas as situações por que passam os personagens, permitindo desenvolver em nós outro ponto de vista além do narrador. É desenvolver o raciocínio dedutivo. Por quê? Porque a literatura fala de nós, da humanidade, dos homens entre os homens e seu problemas.

Dessa forma a literatura cria a possibilidade de refletir sobre nós mesmo, de nos conhecer um pouco mais, na exata medida em que ela trata das inquietações humanas, descrevendo a universalidade não só do melhor, como o que há de mais degradante e obscuro na alma humana. Em outras palavras, permite desenvolver nossa humanidade.

É importante frisar que a literatura (um mundo das ideias) só não é mais importante que a vida real de carne e osso, onde amamos, odiamos, sofremos, alegramo-nos e onde vivenciamos todos os limites e paradoxos da condição da existência humana.

Outra diferença crucial sobre a literatura que gera aprendizado é que ela tem de ser lógica e precisa, necessariamente, fazer sentido, a vida real não.

Num mundo globalizado que dita a pressa e o lucro a qualquer preço, encontramo-nos cada vez mais virtualmente conectados uns aos outros, mas enfrentamos o paradoxo da “desconexão” entre as pessoas na vida real. A título de exemplo apresento-lhe um caso comum: seis amigos adolescentes encontram-se na praça de alimentação de um shopping para conversar. Após sentarem-se à mesa, todos, quase que simultaneamente, sacam dos bolsos seus Smartfones e se põem a conversar. Não há interação humana!

Assim, um dos sintomas crescentes da vida moderna é a angustia e a solidão. Talvez um clássico da literatura possa minimizar esses problemas e lhe proporcionar companhia.

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