Por que Gostamos de Ler Ficção?
Por que gostamos de ler ficção? Qual o aspecto mais marcante de uma história? Por que você deseja escrever ficção? O homem é o único ser vivo que produz ficção e, com o intuito de contar uma história produz uma ilusão da realidade, onde os personagens e as coisas, simplesmente,
não existem ou os episódios nunca aconteceram. Todavia ficamos com a bela sensação de que tudo aquilo realmente aconteceu.
A verdade é que o homem sempre transcende a si mesmo, ele vai além do conhecido em direção ao impalpável, porque, às vezes, a realidade é por demais insuportável, dura e tediosa. Assim, criar ficção é um modo de vivenciar uma aparência diversa da realidade como um possível e, assim, materializar as ideias aprisionadas na mente.
Essa insatisfação com a realidade e seus modus vivendi é a força propulsora que viabiliza a produção de novas realidades – a ficção. E não poderia ser diferente, pois não existe uma realidade única. Cada indivíduo interpreta o mundo a sua volta de forma particularizada e especial. É fato que compartilhamos alguns aspectos da realidade, mas não todos.
A ficção pode servir como simples entretenimento, uma forma de escapismo – aquela tendência natural para fugir da realidade ou da rotina, especialmente das coisas vivenciadas como desagradáveis, é o caso quando assistimos às novelas na TV. Ela pode nos instruir sobre outras culturas, pessoas e lugares. Além de nos emocionar. Entretanto, a característica marcante da ficção é ser ela capaz de criar um espaço Simulador de realidades e, entenda realidades no plural mesmo.
Quando Júlio Verne escreveu Vinte Mil Léguas Submarinas criou o submarino Náutilus que servir de modelo e inspiração para construção de outros e, na obra Da Terra à Lua, Verne foi capaz de prever as viagens à lua e outras coisas mais.
Albert Einstein imaginou como seria estar na ponta de um raio de luz e, nascia assim a Teoria da Relatividade Restrita. Não estamos falando aqui da ficção propriamente dita, mas que uma ideia pode gerar outra realidade possível. Foi o que aconteceu com a teoria de Einstein.
O homem é um ser desejoso por natureza ou por condição e, muito do que gostaria de ver realizado ocorre através dos sonhos, seja dormindo ou acordado. Essa capacidade inesgotável de sonhar – projetar ideias e eventos para mudar a realidade – o impele a ler ou escrever ficção.
Para muitos escrever ficção é um desejo profundo da alma. É aquela voz interior tentando se expressar publicamente e quem sabe mudar a realidade. Entretanto, são poucos o que tem coragem para se dedicar a essa nobre atividade e menos ainda aqueles que o fazem com talento.
Escrever ficção não é o mesmo que escrever uma redação para o vestibular ou concurso público. Se assim o fosse teríamos milhões de escritores. Mas para isso acontecer teríamos de ter milhões de leitores assíduos, porque ler é condição obrigatória para se tornar escritor.
Dominar a língua-mãe não é condição suficiente para se tornar escritor, caso contrário os gramáticos seriam os melhores romancistas. Mas dominar os rudimentos da gramática é uma vantagem àqueles que desejam escrever ficção.
Tenha em mente que ninguém vai transformá-lo em escritor, nenhum curso pode fazê-lo. Isso é uma busca pessoal por aquela voz interior tentando se expressar. O que os outros e um curso podem fazer por você é proporcionar conhecimento sobre técnicas que contribuam para a execução do trabalho de escrever um romance. Mas é você quem deverá tornar-se escritor se assim o desejar.
A escrita é das invenções humanas, a arte das mais difíceis e, paradoxalmente, a mais nobre. Se a realidade está cheia de inconsistências e coisas sem sentido a ficção precisa ser coerente e fazer sentido. Além do mais, ficção e realidade se mesclam continuamente, pois ambas só existem em função dos conflitos. Não há realidade nem ficção sem esse ingrediente.
Portanto, se entregue de corpo e alma ao aprendizado dessa arte e não te arrependerás, porque enquanto estiver escrevendo conhecerás mais sobre você mesmo e irá descobrir, também, que o mundo precisa mais de escritores do que de políticos.
Acompanhe essa série de Artigos sobre Técnicas de Ficção na OFICINA.
O que você pensa sobre o tema? Deixe um comentário logo abaixo ou sugira um artigo, precisamos de ambos para continuar melhorando o blog.
Esperamos sua visita em breve. Obrigado pela Companhia e, compartilhe com os seus Amigos!
A ficção pode servir como simples entretenimento, uma forma de escapismo – aquela tendência natural para fugir da realidade ou da rotina, especialmente das coisas vivenciadas como desagradáveis, é o caso quando assistimos às novelas na TV. Ela pode nos instruir sobre outras culturas, pessoas e lugares. Além de nos emocionar. Entretanto, a característica marcante da ficção é ser ela capaz de criar um espaço Simulador de realidades e, entenda realidades no plural mesmo.
Quando Júlio Verne escreveu Vinte Mil Léguas Submarinas criou o submarino Náutilus que servir de modelo e inspiração para construção de outros e, na obra Da Terra à Lua, Verne foi capaz de prever as viagens à lua e outras coisas mais.
Albert Einstein imaginou como seria estar na ponta de um raio de luz e, nascia assim a Teoria da Relatividade Restrita. Não estamos falando aqui da ficção propriamente dita, mas que uma ideia pode gerar outra realidade possível. Foi o que aconteceu com a teoria de Einstein.
O homem é um ser desejoso por natureza ou por condição e, muito do que gostaria de ver realizado ocorre através dos sonhos, seja dormindo ou acordado. Essa capacidade inesgotável de sonhar – projetar ideias e eventos para mudar a realidade – o impele a ler ou escrever ficção.
Para muitos escrever ficção é um desejo profundo da alma. É aquela voz interior tentando se expressar publicamente e quem sabe mudar a realidade. Entretanto, são poucos o que tem coragem para se dedicar a essa nobre atividade e menos ainda aqueles que o fazem com talento.
Escrever ficção não é o mesmo que escrever uma redação para o vestibular ou concurso público. Se assim o fosse teríamos milhões de escritores. Mas para isso acontecer teríamos de ter milhões de leitores assíduos, porque ler é condição obrigatória para se tornar escritor.
Dominar a língua-mãe não é condição suficiente para se tornar escritor, caso contrário os gramáticos seriam os melhores romancistas. Mas dominar os rudimentos da gramática é uma vantagem àqueles que desejam escrever ficção.
Tenha em mente que ninguém vai transformá-lo em escritor, nenhum curso pode fazê-lo. Isso é uma busca pessoal por aquela voz interior tentando se expressar. O que os outros e um curso podem fazer por você é proporcionar conhecimento sobre técnicas que contribuam para a execução do trabalho de escrever um romance. Mas é você quem deverá tornar-se escritor se assim o desejar.
A escrita é das invenções humanas, a arte das mais difíceis e, paradoxalmente, a mais nobre. Se a realidade está cheia de inconsistências e coisas sem sentido a ficção precisa ser coerente e fazer sentido. Além do mais, ficção e realidade se mesclam continuamente, pois ambas só existem em função dos conflitos. Não há realidade nem ficção sem esse ingrediente.
Portanto, se entregue de corpo e alma ao aprendizado dessa arte e não te arrependerás, porque enquanto estiver escrevendo conhecerás mais sobre você mesmo e irá descobrir, também, que o mundo precisa mais de escritores do que de políticos.
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